quarta-feira, 4 de maio de 2016
Biografia de Charles Darwin:
Charles Darwin (1809-1882) foi um naturalista inglês, autor do livro “Da Origem das Espécies”. Formulou a teoria da evolução das espécies, anteviu os mecanismos genéticos e fundou a biologia moderna. É considerado o pai da “Teoria da Evolução das Espécies”.
Charles Robert Darwin (1809-1882) nasceu em Shrewsburv, Inglaterra, no dia 12 de fevereiro de 1809. Filho de médico e neto de poeta, médico e filósofo, desde a infância revelou-se inteligente, arguto e observador, procurando compreender tudo que lhe ensinavam. Gostava de História Natural e fazia coleção de pedras, conchas, moedas, plantas, flores silvestres e ovos de pássaros.
Com 16 anos, matriculou-se na Universidade de Edimburgo, onde seu irmão também estudava. Sem interesse em muitas aulas, acabou dedicando seu tempo a reuniões com outros estudantes, na Plinian Society, onde se discutiam Ciências Naturais. Apresentou ao grupo pequenas descobertas suas no campo da História Natural. Tinha pretensões de se torna um religioso, foi para Cambridge e depois de três anos, saía bacharel em Artes, continuando seus estudos para ser pastor.
Em Cambridge participou de reuniões e excursões botânicas, organizadas por John Stevens Henslow, clérigo, geólogo e botânico. Dedicava-se também à caça e à equitação. Travou relações com vários naturalistas. A leitura de livros de John Frederick William Herschel - astrônomo e físico inglês - despertou o desejo de contribuir para o desenvolvimento da História Natural.
Com o geólogo Adam Sedgwick fez uma excursão geológica ao Norte do País de Gales. Recebeu o convite de Henslow para participar como naturalista, sem remuneração, de uma viagem a bordo do bergantim “Beagle”, que deveria durar três anos. A bordo do Beagle, a viagem que durou cinco anos – de dezembro de 1831 a outubro de 1836. Darwin explorou as costas da América do Sul (Brasil, Patagônia, Terra do Fogo, Chile e Peru), e algumas ilhas dos mares do Sul.
Todo material recolhido era despachado para o professor Henslow, para posterior estudo. Do Brasil enviou dezenas de caixas de insetos. Da Austrália, ornitorrincos. Da Ilha dos Cocos, amostras de tipos raros de formação carbonífera. Das ilhas Galápagos alguns animais que pareciam ser sobreviventes de épocas pré-históricas. De cada porto onde o Beagle atracava, seguiam para a Inglaterra algumas amostras.
De volta à Inglaterra, com sólida reputação de geólogo e naturalista, viveu alguns anos em Cambridge e Londres, trabalhando ativamente em assuntos científicos, especialmente na publicação dos resultados de sua viagem e na coleta de dados para sua teoria sobre a origem das espécies. Foi secretário da Geological Society.
Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casa-se com sua prima, Emma Darwin. Juntos tiveram 10 filhos, dos quais três, morreram prematuramente. Em 1842 mudou-se para Down, pois sua saúde exigia que fosse morar no campo. Nessa época trabalhou com afinco, deixando grande contribuição científica nas suas obras: “A Variação de Animais e Plantas Domesticadas”, “A Descendência do Homem”, “A Formação do Húmus Vegetal pela Ação dos Vermes”, “As Diversas Formas de Fertilização de Orquídeas pelos Insetos”, “Plantas Insetívoras”, “O Poder do Movimento das Plantas”, entre outras.
O principal tema das pesquisas de Charles Darwin sempre foi o problema da evolução. O naturalista foi formando sua teoria, segundo a qual as formas de vida evoluem lenta mas continuamente através do tempo. No decorrer desse processo vai ocorrendo uma seleção natural – a sobrevivência do mais apto. Em 1859, Darwin lança seu livro “Da Origem das Espécies por Via da Seleção Natural ou A Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida”. O livro teve sua primeira edição esgotada em um dia.
Charles Darwin morreu de ataque cardíaco, em Downe, no condado de Kent, Inglaterra, no dia 19 de abril de 1882. Seu corpo foi sepultado na Abadia de Westminster, em Londres
Evolucionismo de Darwin
EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES
Principal desenvolvedor do evolucionismo, Charles Darwin (1809 – 1882) coletou diversos fósseis e observou milhares de espécies de animais e vegetais. Ele notou que havia espécies com características diferentes umas das outras em regiões distantes e ele também observou isso nos fósseis quando as espécies eram separadas pelo tempo. Sua teoria evolucionista foi aprimorada por outros cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente.
Charles Darwin (Foto: UFRJ)
A história de Darwin começou na Inglaterra. Após desistir da medicina e quase se tornar um sacerdote anglicano, o cientista foi convidado por John Stevens Henslow, um amigo botânico, para expedição ao redor do globo no navio Beagle, que durou aproximadamente 5 anos. Foi durante esse período que Darwin pode fazer suas observações. Hoje, Charles Darwin é considerado o maior naturalista de todos os tempos por suas contribuições cientificas.
Em 1838, Darwin leu um livro de Thomas Malthus (1766-1834) e se interessou pelo fato de que, apesar das espécies produzirem um grande número de descendentes, apenas alguns conseguiam sobreviver. Dessa maneira, Darwin concluiu que apenas os indivíduos que possuíssem características benéficas para enfrentar as condições do ambiente poderiam sobreviver e possuir uma maior chance de reproduzir novos descendentes. Sendo assim, nascia a chamada seleção natural em que apenas os animais mais adaptados conseguiriam sobreviver.
Alfred Russell Wallace, um zoólogo, chegava a conclusões semelhantes a de Darwin. Em 1859, Darwin publicou seu livro “A Origem das espécies” que também introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum.
Darwin possuía explicações muito diferentes de Lamarck, visto no módulo anterior, sobre, por exemplo, o pescoço da girava. Para Darwin, em uma população de girafas, os indivíduos que eram mais altos tinham mais chances de se alimentar na escassez de folhas mais próximas do solo, dessa forma, esses indivíduos teriam mais chances de sobreviver. A longo prazo, essas girafas de pescoço comprido aumentaram de maneira gradativa. Darwin só não sabia explicar a origem das variações na população, como as mutações e as leis de Mendel, mas essas explicações vieram depois já que não eram conhecidas na época de Darwin.
Em 1838, Darwin leu um livro de Thomas Malthus (1766-1834) e se interessou pelo fato de que, apesar das espécies produzirem um grande número de descendentes, apenas alguns conseguiam sobreviver. Dessa maneira, Darwin concluiu que apenas os indivíduos que possuíssem características benéficas para enfrentar as condições do ambiente poderiam sobreviver e possuir uma maior chance de reproduzir novos descendentes. Sendo assim, nascia a chamada seleção natural em que apenas os animais mais adaptados conseguiriam sobreviver.
Alfred Russell Wallace, um zoólogo, chegava a conclusões semelhantes a de Darwin. Em 1859, Darwin publicou seu livro “A Origem das espécies” que também introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum.
Darwin possuía explicações muito diferentes de Lamarck, visto no módulo anterior, sobre, por exemplo, o pescoço da girava. Para Darwin, em uma população de girafas, os indivíduos que eram mais altos tinham mais chances de se alimentar na escassez de folhas mais próximas do solo, dessa forma, esses indivíduos teriam mais chances de sobreviver. A longo prazo, essas girafas de pescoço comprido aumentaram de maneira gradativa. Darwin só não sabia explicar a origem das variações na população, como as mutações e as leis de Mendel, mas essas explicações vieram depois já que não eram conhecidas na época de Darwin.
Pensamentos diferentes sobre pescoço das girafas (Foto: Reprodução/Aura Celeste)
NEODARWINISMO
Também chamada de teoria sintética, teve contribuição de vários cientistas. Demonstra que a evolução é resultado de vários fatores, como a seleção natural, mutação, migração, entre outros, mostrando que isso gera alteração na frequência relativa dos genes.
Um fato importante foi a publicação em 1866 das Leis de Mendel, sendo que apenas em 1900 a teoria ganhou relevância, pois chegou a ser ignorada pela comunidade científica. As objeções que Darwin também não sabia explicar foram verificadas por Mendel, o que teve ainda mais relevância nas considerações feitas por Darwin.
Em 1909, Thomas Morgan (1866 - 1945), um geneticista publicou seu trabalho introduzindo a expressão “alteração genética” que deu ênfase posteriormente para que fosse visto que, a partir de mutações, os indivíduos eram “selecionados” pelo meio ambiente (seleção natural). A mutação pode ser provocada por um defeito no próprio mecanismo de duplicação do DNA; tal defeito pode ocorrer quando o indivíduo está exposto pela radiação ou, frequentemente, pelo raio ultravioleta, por produtos químicos e até mesmo certos vírus.
Uma mutação sem ligação do meio ambiente pode ocorrer, mas é um acontecimento raro, tendo uma frequência muito baixa na população. Essa mutação pode ser vantajosa, mas também pode ser alguma característica que leva à desvantagem, fazendo com que esse indivíduo não sobreviva e, consequentemente, não sendo passada para os descendentes.
Outras mutações podem ocorrer pela alteração de genes isoladamente, como é o caso da anemia falciforme. Mais uma possibilidade é a alteração de pedaços inteiros de cromossomos ou até mesmo alteração do número de cromossomos. As alterações transmitidas aos descendentes ocorrem apenas se essas forem produzidas por células germinativas e não pelas células somáticas.
Veja os conceitos básicos da genética
Um fato importante foi a publicação em 1866 das Leis de Mendel, sendo que apenas em 1900 a teoria ganhou relevância, pois chegou a ser ignorada pela comunidade científica. As objeções que Darwin também não sabia explicar foram verificadas por Mendel, o que teve ainda mais relevância nas considerações feitas por Darwin.
Em 1909, Thomas Morgan (1866 - 1945), um geneticista publicou seu trabalho introduzindo a expressão “alteração genética” que deu ênfase posteriormente para que fosse visto que, a partir de mutações, os indivíduos eram “selecionados” pelo meio ambiente (seleção natural). A mutação pode ser provocada por um defeito no próprio mecanismo de duplicação do DNA; tal defeito pode ocorrer quando o indivíduo está exposto pela radiação ou, frequentemente, pelo raio ultravioleta, por produtos químicos e até mesmo certos vírus.
Uma mutação sem ligação do meio ambiente pode ocorrer, mas é um acontecimento raro, tendo uma frequência muito baixa na população. Essa mutação pode ser vantajosa, mas também pode ser alguma característica que leva à desvantagem, fazendo com que esse indivíduo não sobreviva e, consequentemente, não sendo passada para os descendentes.
Outras mutações podem ocorrer pela alteração de genes isoladamente, como é o caso da anemia falciforme. Mais uma possibilidade é a alteração de pedaços inteiros de cromossomos ou até mesmo alteração do número de cromossomos. As alterações transmitidas aos descendentes ocorrem apenas se essas forem produzidas por células germinativas e não pelas células somáticas.
Veja os conceitos básicos da genética
Os fósseis estudados inicialmente pelo Darwin foram importantes para que mais estudos fossem feitos. Posteriormente foi visto que, ao comparar os fósseis de diversas espécies, como a nadadeira de uma baleia, asa de um morcego, pata de um cavalo e assim por diante, concluiu-se que, apesar de funções diferentes, os órgãos possuíam o mesmo “padrão” e que, provavelmente, eles foram evoluindo a partir de um mesmo órgão, como no caso, a pata.
Dessa forma, esse órgão teria se adaptado a diferentes tipos de função para a locomoção. Mais tarde, mais estudos foram feitos e que chegaram à conclusão de que alguns animais teriam a mesma origem embrionária e semelhanças anatômicas, chamadas de órgãos homólogos, e quando a embriologia e anatomia comparada mostravam que esses animais possuíam a origem embrionária e a anatomia diferentes, foram chamados de órgãos análogos, como no caso das asas das aves e insetos, apesar da mesma função.
Dessa forma, esse órgão teria se adaptado a diferentes tipos de função para a locomoção. Mais tarde, mais estudos foram feitos e que chegaram à conclusão de que alguns animais teriam a mesma origem embrionária e semelhanças anatômicas, chamadas de órgãos homólogos, e quando a embriologia e anatomia comparada mostravam que esses animais possuíam a origem embrionária e a anatomia diferentes, foram chamados de órgãos análogos, como no caso das asas das aves e insetos, apesar da mesma função.
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